segunda-feira, 11 de maio de 2009


MÃE...
que na presença constante me ensinou
na pureza do seu coração a vislumbrar caminhos...


MÃE...
dos primeiros passos,
das primeiras palavras...


MÃE...
do amor sem dimensão, de cada momento,
dos atos de cada capítulo de minha vidanão ensaiados,
mas vividos em cada emoção...


MÃE...
da conversa no quintal, do acalanto do
meu sono aquecido de amor,
aninhadaem seu coração...


MÃE ...
do abraço, do beijo que levo nalembrança...


MÃE...
é você que me inspira a caminhar...


MÃE...
a presença de cada passo que otempo não apaga:
por mais longoe escuro que seja o caminho,
haverásempre um horizonte...


MÃE...
Mulher a quem devemos a vida,
que merece o nosso respeito,
nossa gratidão e nosso afeto.


segunda-feira, 13 de abril de 2009

Auxiliando...


Tiveram três dias que ajudei Liliana, atual coordenadora da Escola Infantil. Nesses dias, fiquei basicamente o dia todo a ajudando, não podendo assim, acompanhar as atividades da sala de aula.
O primeiro, foi no dia 30 de Março. Nesse dia digitei duas músicas sobre a páscoa, eu as ouvia e digitava. Auxiliei nesse dia também, a tia Paula Miriam que estava sem estagiária. E por fim, encapei algumas caixas que estavam na sala de música. Entre outras atividades paralelas.
O segundo dia foi o 06 de Abril. Nesse dia eu ajudei Thuane a encapar uma cruz que a irmã precisaria para uma apresentação. Também fiz outras coisas que Liliana ia me pedindo.
O terceiro dia foi o 13 de Abril. Neste, eu e Jennifer arrumamos blocões de folhas nos armários da mecanografia. Também retiramos todas as massinhas presentes nos armários e as arrumamos em ordem de data, na qual as com data mais próxima, ficariam na frente. Isso auxilia no uso, devido as crianças utilizarem muita massinha.
Particularmente, adoro ajudar Liliana
.

domingo, 5 de abril de 2009

É pascoa...

É nesse clima de páscoa que iniciamos o nosso dia. A tia Dani sentou-se com a turma no tapete e falou sobre a história de Jesus. Disse que ele morreu na cruz porque o homem era muito mal e fazia muita coisa feia. Falou sobre Maria, a mãe de Jesus.
Depois, levou a turma para a sala de música para assistir o desenho sobre a morte e crucificação de Jesus. Mas eu não os acompanhei, pois eu e Melissa fomos pegar as coisas do aniversário de Luís Felipe que se realizaria na hora do lanche. Nós fomos lá na frente, pegamos tudo e arrumamos na sala mesmo. Depois, as crianças vieram com a tia Dani, e teve o aniversário. O tema da festinha foi o Homem Aranha. Foi muito lindo e legal, nós nos divertimos e cantamos parabéns para Luís.
Terminando a festinha, arrumamos toda a “bagunça” da sala e tia Dani levou a turma para assistir a sexta-feira da motivação que foi com a tia Jú. Infelizmente, eu não vi a apresentação, pois fiquei na sala arrumando as crianças que iriam para a natação e colocando as pastas nas mesas. Mas tenho certeza que foi linda a apresentação.
Com isso, voltaram todos para a sala e imediatamente os pais chegaram.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

O significado da Páscoa... algumas curiosidades.

A Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. É o dia santo mais importante da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias religiosas.
Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica. É uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias e comemora o êxodo dos israelitas do Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.
No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pessach. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques.
A festa tradicional associa a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, dados como presentes. A origem do símbolo do coelho vem do fato de que os coelhos são notáveis por sua capacidade de reprodução. Como a Páscoa é ressurreição, é renascimento, nada melhor do que coelhos, para simbolizar a fertilidade!

Vamos ver agora como surgiu o chocolate...

Quem sabe o que é "Theobroma"? Pois este é o nome dado pelos gregos ao "alimento dos deuses", o chocolate. "Theobroma cacao" é o nome científico dessa gostosura chamada chocolate. Quem o batizou assim foi o botânico sueco Linneu, em 1753.
Mas foi com os Maias e os Astecas que essa história toda começou. O chocolate era considerado sagrado por essas duas civilizações, tal qual o ouro.Na Europa chegou por volta do século XVI, tornando rapidamente popular aquela mistura de sementes de cacau torradas e trituradas, depois juntada com água, mel e farinha. Vale lembrar que o chocolate foi consumido, em grande parte de sua história, apenas como uma bebida.
Em meados do século XVI, acreditava-se que, além de possuir poderes afrodisíacos, o chocolate dava poder e vigor aos que o bebiam. Por isso, era reservado apenas aos governantes e soldados.
Aliás, além de afrodisíaco, o chocolate já foi considerado um pecado, remédio, ora sagrado, ora alimento profano. Os astecas chegaram a usá-lo como moeda, tal o valor que o alimento possuía.
Chega o século XX, e os bombons e os ovos de Páscoa são criados, como mais uma forma de estabelecer de vez o consumo do chocolate no mundo inteiro. É tradicionalmente um presente recheado de significados. E não é só gostoso, como altamente nutritivo, um rico complemento e repositor de energia. Não é aconselhável, porém, consumí-lo isoladamente. Mas é um rico complemento e repositor de energia.

E o coelho?


A tradição do coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães em meados de 1700. O coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa.
Uma outra lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu em um ninho para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou correndo. Espalhou-se então a história de que o coelho é que trouxe os ovos. A mais pura verdade, alguém duvida?
No antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos da Antigüidade o consideravam o símbolo da Lua. É possível que ele se tenha tornado símbolo pascal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa.
Mas o certo mesmo é que a origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertililidade que os coelhos possuem. Geram grandes ninhadas!

Mas por que a Páscoa nunca cai no mesmo dia todo ano?

O dia da Páscoa é o primeiro domingo depois da Lua Cheia que ocorre no dia ou depois de 21 março (a data do equinócio). Entretanto, a data da Lua Cheia não é a real, mas a definida nas Tabelas Eclesiásticas. (A igreja, para obter consistência na data da Páscoa decidiu, no Conselho de Nicea em 325 d.C, definir a Páscoa relacionada a uma Lua imaginária - conhecida como a "lua eclesiástica").
A Quarta-Feira de Cinzas ocorre 46 dias antes da Páscoa, e portanto a Terça-Feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa. Esse é o período da quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas.
Com esta definição, a data da Páscoa pode ser determinada sem grande conhecimento astronômico. Mas a seqüência de datas varia de ano para ano, sendo no mínimo em 22 de março e no máximo em 24 de abril, transformando a Páscoa numa festa "móvel".
De fato, a seqüência exata de datas da Páscoa repete-se aproximadamente em 5.700.000 anos no nosso calendário Gregoriano.
Para os curiosos, olha aí as datas da Páscoa até o ano de 2010:
2000 - 23 de abril
2001 - 15 de abril
2002 - 31 de março
2003 - 20 de abril
2004 - 11 de abril
2005 - 27 de março
2006 - 16 de abril
2007 - 08 de abril
2008 - 23 de março
2009 - 12 de abril
2010 - 04 de abril

sábado, 28 de março de 2009

O grande rabanete!

Na maioria dos dias, Tia Dani inicia o dia de aula rezando no tapete com as crianças. Acho isso muito importante, pois ela preza a religiosidade, o amor a Deus, estar sempre lembrando dele. Nessas orações ela pede pelas famílias, pelas outras crianças, pela vida das próprias crianças. Sendo que ela reza e as crianças repetem.
Hoje trabalhamos basicamente o livro "O grande Rabanete", que trata a história de um vovô que plantou um rabanete, mas na hora de arrancá-lo precisou da ajuda de toda a família, pois o rabanete era muito grande. Esta história é muito interessante e atrativa, até mesmo para mim, pois é interativa, intrigante. É interessante também o fato dela tratar de um alimento tão saudável como esse, assim podendo também ser objeto de desejo para uma alimentação mais saudável.
A Tia Dani leu o livro para a turma que ficou encantada com a história. Ainda relacionado ao livro, ela deu uma tarefa que consistia na cópia do quadro de palavras iniciadas com a letra R, assim como também a palavra Rabanete. As palavras escritas foram: rabanete, relógio e rua. Assim como já foi dito anteriormente, a turma não encontra dificuldade nesse tipo de atividade, pois já está habituada a mesma.
Também no outro dia dessa semana escutamos a história do grande rabanete em pedido da turma. Só que nesse dia, por ser sexta, não fizemos nenhuma atividade relacionada ao mesmo, fizemos a tarefa no livro de religião.
No livro de religião, a tia falou sobre o batismo. Disse que é quando nós somos pequenos e o padre joga uma “aguinha” na nossa cabeça, sendo esta uma água abençoada por Deus; disse também que Jesus também foi batizado. Na folha do livro havia a figura do batismo de Jesus, em que eles deveriam pintar a cena.
Logo depois, fomos à quadra jogar bola. A turma toda adora ir jogar bola, principalmente os meninos. Todos ficam correndo de um lado para o outro, jogam a bola pra cima, chutam, correm, gritam, realmente eles aproveitam.
“A arte-magia do ensinar-aprender, permite que o outro construa por meio da alegria e do prazer de querer fazer. O jogo e a brincadeira estão presentes em todos as fases da vida dos seres humanos, tornando especial a sua existência. De alguma forma o lúdico se faz presente e acrescenta um ingrediente indispensável no relacionamento entre as pessoas, possibilitando que a criatividade aflore”. (Rojas, 1998)
Voltando para a sala, eles lancharam e foram para a sala de música. Mas eu não acompanhei esse momento, pois estava na sala arrumando as pastas. Posteriormente, fomos todos à área, lá aconteceu a sexta da motivação com a turma da Tia Paula Gama. Eles dançaram e cantaram, foi muito lindo ver as crianças se desempenhando tão bem.

Assim foi mais uma semana de muitas surpresas, mais paixão pelo o que faço e como sempre, muitas aprendizagens e novas experiências.

domingo, 22 de março de 2009

Semana show!

Na segunda-feira trabalhamos com as crianças os números 1, 2 e 3, através de uma tarefa que consistia na turma escrever tais números e desenhar pessoas correspondentes a tal número. Por exemplo: quando escrito o 1, desenhava-se uma pessoa, quando o 2, duas pessoas, e assim sucessivamente.
Também trabalhamos a cópia de palavras do quadro, em que para tal atividade a tia Dani usou do recurso da contagem de história, sendo essa a Chapeuzinho Vermelho. Após contar essa história, escolheu algumas palavras juntamente com a turma. As palavras escolhidas foram: vovó, floresta, lobo e caçador. A partir disto, elas foram escritas no quadro pela tia Dani e copiadas pela turma numa folha dada anteriormente. Algumas crianças necessitaram de auxílio, principalmente os novatos, que ainda sentem alguma dificuldade na cópia. Mas já estão se desenvolvendo muito bem e quase acompanham a turma. È muito raro, quase inexistente o caso de crianças que espelham letras, o que é mais comum acontecer é alguma dúvida sobre confusões de letras. Fico muito feliz em ver o crescimento da minha turma, já que estão muito desenvolvidos e cada dia mais espertos.

De acordo com Emília Ferreiro, existem níveis estruturais da linguagem escrita pelas quais podem explicar as diferenças individuais e os diferentes ritmos dos alunos.

Como havia tempo livre, passeamos pela “Escola Grande”, fomos à capela, à biblioteca. E ao voltarmos para a Escola Infantil, fomos ao parque, onde as crianças descontraíram, brincaram. O parque é o lugar propício para a desinibição, para a espontaneidade, para ela interagir com o meio e com o outro, não sendo apenas um lugar para divertimento.
Na sexta-feira tivemos atividade de religião, como é de costume em tal dia. Ela consistia no desenho da família. A tia fixou a ideia de que a família é essencial, lembrando a sua importância e o amor que devemos dedicá-la. Lembrou com a turma quem faz parte da nossa família, assim sendo: pai, mãe, irmão, irmã, avô, avó, tio, tia, primo, etc. Achei muito interessante o fato daquelas crianças que não têm irmãos desenharem irmãos somente pelo fato do colega ter um irmão. É como se fosse uma disputa, todos deveriam ter irmãos, eles até inventavam nomes para os irmãos!
Tivemos hoje também, o aniversário de Gabriel. Todos festejamos juntamente com ele, comemos, cantamos músicas, cantamos o parabéns, enfim, foi muito legal.
Após o aniversario, fomos para a sexta da motivação que foi pela responsabilidade da turminha da Tia Lú, que fez uma apresentação com música e dança. Percebo que a maioria das turmas responsáveis pelas sextas da motivação estão focando o tema religião, na qual é de extrema importância para a vida das crianças.

Assim terminou a minha semana de estágio. Uma semana muito alegre e de grandes aprendizagens.

domingo, 15 de março de 2009

Educar com arte e a arte de educar

A tarefa da educação é delicada porque supõe, em princípio, amor, desprendimento, doçura, firmeza, paciência e decisão.
Diversas obras já foram escritas sobre esse assunto. Quantas vezes professores e pais, cheios de entusiasmo e esperança, compram este ou aquele livro com o intuito de resolver um problema específico que os preocupa em relação à atitude de alunos e de suas crianças?
Ao ler... vê-se tão fácil! Os livros contêm, às vezes, infinidades de teorias, fórmulas e até conselhos que parecem mágicos, com diálogos imaginados e reações quase perfeitas dos alunos e das crianças diante da iniciativa dos professores e dos pais. Se fosse apenas isso, na vida diária...
No entanto, a realidade é outra. Quando os professores e os pais tentam colocar em prática alguns desses conceitos que acabam de ler e isso não sai como eles esperavam, pensam: "O que aconteceu? Onde está o erro, se fiz exatamente o que o livro dizia?”.
Acontece que "educar é uma ciência e uma arte; uma arte porque não tem regras fixas, ou seja, cada caso é diferente, cada circunstância é única".
Um pequeno texto, uma palavra, um gesto, uma pintura, um desenho ou uma ajuda em uma situação em que não esperávamos pode preencher uma vida, mudar seus horizontes e abrir possibilidades para nós mesmos, pois muitas vezes entender, explicitar ou descrever é um bem, um exercício.
Então...
O que podem fazer vocês, professores e pais, quando se sentem desorientados e aflitos? Às vezes querem se dar por vencidos ou descarregar a responsabilidade em um terceiro (coordenadores, psicólogos, etc.). Mas, no fundo, todos sabem que é sua responsabilidade dar aos alunos e filhos as ferramentas e respostas de que necessitam. São os educadores que devem ensinar-lhes o sentido da vida e capacitá-los para vivê-la.
O objeto da educação não está só no sentido literal do verbo “educar”, mas, sim, no modo como o fazemos, a forma como prosseguimos pensando, o tipo de distinções que apresentamos, a moral e a ética dos critérios em que baseamos o caminho a percorrer.
Educar é como ensinar alguém a andar ou a falar (nada de metafórico existe nessa comparação). Andar verticalmente e falar é a educação mais fundamental do modo de ser quem somos: humanos. Aprender a ler, a fazer contas e a dominar a técnica, o conhecimento científico e o processo de desenvolvimento de mais e mais conhecimentos no âmbito de uma comunidade em que estamos imersos é a mesma coisa que aprender a falar. Todos esses aspectos que enquanto adultos nos envolvem são distinções no âmbito do processo fundamental que nós próprios somos: um erguer e um puxar, um indicar de possibilidades, um mostrar de mundos, um incentivar e ajudar, um responsabilizar, autonomizar e cuidar.
Em resumo, educar, desde os primeiros dias até os últimos, é deixar os outros serem humanos — ensinar, no sentido de educar, é muito mais difícil do que aprender. E por que isso é assim? Não apenas porque quem ensina deve dominar uma maior massa de informações e tê-la sempre pronta a ser utilizada, mas porque ensinar requer algo muito mais difícil, complexo e poderoso: deixar aprender.
Quem verdadeiramente ensina passa realmente pelo aprender. Esse aprender, por sua vez, deixa de ser revelado e tem seu fundamento na liberdade individual.
O que aprendemos quando aprendemos a aprender? O que aprendemos quando somos educados? O que é a educação? Com base em que a educação ganha seu sentido, sua pertinência, sua vitalidade e seu caráter decisivo? A resposta é simples: educar é deixar surgir o homem e suas possibilidades.
Por tudo isso, a educação é essencialmente um apontar de possibilidades, de distinções, de relações e de humanidade. Educar é abrir, é erguer, é questionar, é duvidar e ensinar a duvidar, é ser modesto em saber ajudar. Quem deve então educar quem? A resposta é a mesma que foi dada à pergunta “Quem ajuda quem?”.
Viver é aprender. O tempo muda-nos porque tudo nos ensina. Passando o que passa, aprendemos o que fica. O passado fica da forma como para cada um de nós as coisas ganham seus significados, individualmente, em uma vida que é um permanente ter sido e um constante projetar de possibilidades. Uma chamada pelo nome, uma ajuda quando nada se esperava ou uma idéia tocada pelo entusiasmo, pela imaginação e pela vontade de partilhar, um olhar de cumplicidade, uma conversa sobre o que nunca se consegue ler, mas que sempre nos preocupou, ou simplesmente o brilho de um momento, o vislumbre de uma possibilidade que dá um sentido fundo ao que temos sido podem fazer muitas vezes tudo o que mais pode marcar um caminho e uma forma de estar no mundo.
Poderão questionar-se sobre que temas, assuntos, momentos ou histórias estamos aqui para falar...
A resposta é esta: sobre todos.
Na educação, o essencial não é o assunto ou o conteúdo, mas a perspectiva, o modo e a relação. Ou, antes, o objeto da educação não é um tema, como, por exemplo, a Geografia, a História, a Matemática, a Literatura ou as Artes Plásticas. Aquilo sobre o que a educação recai é um modo de ser, que cuida, que toma conta, que se envolve, deixa-se envolver e deixa ser.
Ouvimos muita coisa sobre educação nos dias atuais. Mas, tanto ontem como hoje, o homem é ele mesmo a educação, o ser que se ergueu, que repara e que cuida. Cuidando e ajudando, chamando e sendo cúmplices dessa chamada para a escolha constante das infinitas possibilidades que cada um de nós tem pela frente, podemos abrir o caminho e verdadeiramente educar e educar-nos.
Uma hora é uma medida, uma bola é um passatempo e um conceito é um instrumento, mas cada um de nós é todo o mundo. São todos os mundos do mundo que a educação tem por tema. Assim, a qualquer momento em qualquer mundo, uma palavra, um gesto ou um olhar pode entrar e não mais sair. Se tivermos sabido ou podido preservar e deixar preservar esses momentos, podemos muito bem tocar não apenas naquilo que no momento estamos fazendo, mas toda uma vida — e isso é verdadeiramente o objeto do educar.

William Lara